sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Alerta aos pais


Esta semana foi lançada uma Campanha debaixo do esforço de promover a segurança na internet - inclusive oficializando a data, como voce pode ver.

Mas ao que tudo indica vai ser um tremendo retrocesso. Por mais 'boa intenção' que haja na promoção da segurança das crianças e dos jovens - há que se pensar primeiro neles. E quando se pensar neles, pensar de acordo com pressupostos dos que entendem de crianças. E quando se pensar em internet e seu impacto na sociedade, chame quem está fazendo a própria internet.

A segurança é importante

Temos milhares de razões para nos preocupar com a segurança das crianças. Mas certamente não faremos nada na ordem inversa. A prioridade é o seu bem estar, seu crescimento, seu desenvolvimento – enfim a sua formação e educação.

Por que então colocamos tanta ênfase num rosário de ‘não-faça’ – proibindo-os a terem uma vida normal? Ao não deixar a criança ser criança, no fundo querem é promover uma desinclusão digital! O que adianta a criança querer ser digital - se nada pode?

É claro que ninguém falou com todas as letras “corte o acesso à internet da criança”. Mas o pessoal que discutiu o tema de segurança (das crianças) na internet não entende nem de educação, e muito menos de internet. Infelizmente é o que se depura do painel e da discussão apresentada naquele dia.

A única exceção cabia a Sérgio Amadeu - dando um toque diferente no discurso de uma nota só: proibição. Teríamos outras pessoas a contribuir para o tema enriquecendo assim a discussão. Uma pena que o pessoal da Escola do Futuro da USP ficou fora dessa. Como diriam os mais jovens: internetsafe fails.

O bonde está indo para o destino errado. É sábio pular fora. Educação não é criar um estado policialesco. Está ná hora de se ler Paulo Freire. E pegar o bonde certo, chamado cluetrain.