Não é de hoje. Há sinais que nos alertam para a chegada deste novo tempo. Uma Geração banhada, movida e alimentada por bits. Bites e bits, blogs e redes, mensagens e torpedos, conversando - falando e ouvindo.
Não há necessidade de muita argumentação. A situação está diante de nós com clareza. Em alguns momentos nos sentimos ameaçados. Outras vezes até agredidos. Temos nossos momentos de alívio e realização. Afinal, aconteceu conosco em passado não muito remoto - entre nós e nossos pais, assim como entre eles e nossos avós. O eterno conflito das gerações ...
Mas no presente - quando nos endereçamos ao momento atual e aos desafios que se nos apresentam - a coisa muda. Muda porque nunca antes (no mundo) essa transformação foi tão radical e profunda. A ponto de
em uma única geração termos tantas diferenças, novidades e transformações sócio-culturais.
O que fazer então? A solução não está nem no desprezo (do tipo 'deixa estar' como a canção dos Beatles
Let it be), e nem tão pouco no combate extremado e castrador. Pasmem! Ouvi um tecnólogo recomendar que mantenhamos os filhos abaixo de 17 anos proibidos de acessar a internet!!
Creio que o caminho da verdadeira sabedoria reside em fazermos a nossa parte como geração que lidera os mais jovens: comprender esta nova ordem social, como ela está sendo construída, seus parâmetros e influências, suas descobertas e desafios, seus perigos (que certamente existem) e suas bençãos e vantagens.
É claro que há que se ter amor, diálogo, respeito, enfim um verdadeiro espírito de família. Mas há um fator crítico de sucesso para os dias de hoje: nossa contextualização nesse ambiente social, cultural e tecnológico, com pertinência e equilibrio.
Essa é a minha proposta para vocês pais e mães! A conversa está aberta!
* Capa da revista Time de 20 de março de 2006. A discussão sobre as mudanças comportamentais de nossos filhos tem atraido a atenção da grande mídia em diversas e diferentes coberturas. Há pouca - se alguma - literatura que trate de forma atualizada o desafio corrente.