terça-feira, 29 de setembro de 2009

Discutindo o assédio


O termo bullying - que vem do Inglês de bully (valentão) é aplicado principalmente em assédio infantil - tanto no formato presencial (no sentido de ser por exemplo realizado dentro da sala de aula), como o o virtual (realizado pela internet). É um tipo de violência moral e psicológica - e às vezes até física - onde as crianças são as precursoras e as vítimas. Ou seja é feito na sala de aula, no recreio, nos relacionamentos extra escola, e até por email e comunidades sociais (tipo Orkut).

Começam com a gozação, com o isolamento e podem chegar à agressão direta ou indireta. Pode ser perpetuado por uma só pessoa (criança) ou um grupo.

Pouco é discutido sobre isso abertamente. Pode-se até de maneira regulada e restrita, atuar de maneira pontual. Por exemplo, quando isso acontece, orientadores conversam com algumas das crianças participantes. Há vez ou outra desdobramentos com pais. Mas no conceito amplo, o que se faz é varrer a sujeira para debaixo do tapete.

Em exclente artigo que descreve um fato concreto de bullying, Eliane Brum, colunista de Época, traz à tona esse tema que precisa ser encarado de frente. O artigo Entre os Muros da Escola é leitura obrigatória para pais com crianças no Ensino Fundamental e Médio - principalmente para aqueles que tem seus filhos em escolas particulares.

Foi mais uma boa dica do Ricardo Oliveira do Diversitá. Há um chamamento para nos conscientizarmos - e assim não sermos responsabilizados no futuro. Vale a pena a leitura e ver nos comentários a reação e o testemunho de leitores comprometidos e engajados.

sábado, 19 de setembro de 2009

Nativos Digitais


O conceito Nativos Digitais é aplicado para aqueles nascidos a partir de 1980. São os jovens e as crianças de hoje que vivem e convivem com a tecnologia no seu cotidiano. O meio digital é algo já existente e corriqueiro. Os peixes não percebem a existência da água, pois lhes é natural. E assim acontece com a nova geração que vive em um mundo imerso em tecnologia.

Há no entanto uma grande distinção com aqueles que, apesar de fluentes nos instrumentos digitais e tecnológicos, trazem a herança e os hábitos de anos vivendo no mundo pré-dilúvio digital. Para nós mais velhos, se quiséssemos ser 'puros' como a geração que nos sucede - teríamos ainda que desaprender e esquecer o rol de paradigmas que moldaram nosso viver.

Por isso - não deve causar ofensa, quando classificamos aqueles que são mais velhos como Imigrantes Digitais. Serve tão somente para elucidarmos que os mais jovens são efetivamente um novo ser social no pedaço. Diferentes dos mais velhos.

Fazemos essa distinção entre as duas gerações, para didadicamente apontarmos para uma janela de oportunidade - talvez única na história da humanidade. Ao se tentar minimizar esse impacto - estaremos fazendo um desserviço para a futura geração. Sejamos sinceros - eles estão numa outra órbita totalmente diferente da nossa. E isso é bom e positivo.

A multidão de crianças e jovens desta nova geração representa em alguns países, como o Brasil por exemplo, metade da população! O desafio nos impõe esse banho de realidade, e ao mesmo tempo nos chama para uma ação efetiva. Devemos ser pró ativos e diligentes na preparação dessa transição.

E deixar as coisas acontecerem certamente não será a melhor política.